Seria um equívoco afirmar que o plágio é uma conseqüência do avanço tecnológico ou do avanço da informática. A atividade do plágio não é decorrente do uso das TIC, pois mesmo antes do advento do computador (e da internet), pessoas já faziam suas atividades escolares ou acadêmicas copiando partes das enciclopédias de referência (a exemplo da Barsa ou Delta) ou ainda copiando trabalhos de outras pessoas. Há relatos de pessoas que conseguiam pagar suas mensalidades de um curso de graduação copiando ou fazendo trabalhos “encomendados” por outros.
Mas evidentemente, após a popularização do computador e mais recentemente da Internet, o plágio, configurado pelo CONTROL + C e CONTROL + V, tornou-se algo mais prático para aqueles que não se importam com a lei dos direitos autorais ou com os princípios da ética e da moral.
Para MORAES 2008, (p.95) plágio é a “imitação fraudulenta de uma obra, protegida pela lei autoral, ocorrendo verdadeiro atentado aos direitos morais do autor: tanto à paternidade quanto à integridade de sua criação”. E isso encontramos muito, em qualquer âmbito de uso das mídias – mas não deveria ser assim.
O que precisa voltar a tona em nossos debates escolares e acadêmicos é o tema da AUTORIA. Quem é o autor? Na Internet a autoria nem sempre é individual. Passa a ser muito mais coletiva. A autoria passa pela colaboração e pela cooperação.
Mas seria o plágio uma cultura instalada em nossas escolas? Não será que o problema surge quando não ensinamos às nossas crianças o que é pesquisar e o que fazer com o conteúdo que pesquisamos?
O avanço das TIC, em especial dos computadores conectados a Internet, pode facilitar a prática do plágio, como também a sua descoberta. Mas tende a tornar-se um problema maior se algumas medidas não forem efetivadas.
Em algumas universidades existe uma norma que regulamenta as punições para o aluno que é flagrado plagiando, mas será que somente ações punitivas resolvem. Já percebemos, quando observamos outras esferas da sociedade, que a punição não resolve o problema.
Precisamos de ações educativas e preventivas, como a busca por uma cultura de respeito ao outro e pela valorização da criticidade, segundo DEMO (2008) como valor capital na construção de uma humanidade mais ética.
Fonte: http://fernandoscpimentel.blogspot.com/.
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